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Quando o assunto é fundo de investimento, sem dúvida alguma um dos preferidos de nós, brasileiros, é o Fundo DI.

Essa escolha é justamente pela praticidade que o investimento oferece comparado aos outros fundos de investimentos, como fundos de ações, fundo cambial e fundos multimercado. Ultimamente o fundo DI se encaixa dentro da designação fundo de renda fixa.

Abaixo neste texto, iremos explicar como funciona o fundo de investimento DI. Além da explicação, serão abordados assuntos importantes como liquidez, risco, custo, tributação, rendimento, pontos positivos e negativos desse investimento.

 

O que é um fundo DI?

O fundo DI é bem aceito dentro da comunidade dos investidores, desde aqueles mais conservadores até os mais agressivos. O investidor mais conservador tende sempre a deixar uma boa parte do capital em fundos DI. Esses fundos investem a maior parte do seu capital em ativos atrelados à taxa de juros SELIC ou atrelados ao CDI (taxa que segue mudanças da Selic).

 

Isso significa que a rentabilidade desses fundos acompanha a taxa básica de juros do país.  A longo prazo esse investimento se torna bem interessante, pois preserva o patrimônio (baixo risco) e apresenta um rendimento maior que o da poupança. É essa combinação de baixo risco e rentabilidade decente que mais atrai os investidores conservadores.

 

Liquidez

Quase todos os fundos DI apresentam liquidez diária. Esse termo implica em dizer que o investidor pode solicitar a retirada do capital do fundo e o mesmo irá cair em sua conta no mesmo dia.

Antes de investir em qualquer que seja o fundo, um dos pontos mais importantes é prestar atenção e entender qual a liquidez do investimento.

O fundo DI muitas vezes é feito somente para o investidor que precisa ter um capital de emergência, como se fosse uma conta corrente em que ele possa retirar o dinheiro com rapidez. Porém, mesmo sendo feito com o propósito de ter um capital bem acessível, o dinheiro fica investido, não perdendo o seu valor.

Antes de colocar seu capital em um fundo, é sempre recomendado ler e analisar a lâmina do mesmo, onde você pode ver qual a liquidez do investimento, as regras de resgate, taxa de administração e regras de permanência no fundo.

Custo

O custo para investir em um fundo de investimento DI é igual aos outros fundos. O investidor tem que pagar a taxa de administração cobrada pelo fundo em qual o capital será investido. Essa taxa vai para a gestão e administradores do fundo.

A taxa de administração é cobrada dos rendimentos que o investidor obteve do fundo, logo o investidor não precisa se preocupar em mandar dinheiro mensalmente para cobrir os custos.

Cada fundo tem uma taxa de administração diferente, porém a taxa média entre os de renda fixa é de 1,03% ao ano (Números da Anbima – Setembro de 2016).

É sempre recomendado comparar a taxa de administração com a rentabilidade. Pode ser que tenha fundos que a taxa de administração é maior que outros, porém a rentabilidade também é superior.

São várias opções de fundos DI, onde a aplicação inicial pode variar de R$ 500,00 a R$ 1.000.000,00. Isso permite que qualquer classe de investidor possa aplicar nesse tipo de investimento.

Fundos DI geralmente não apresentam a taxa de desempenho que é cobrado em fundos multimercado.

 

Tributação (IR)

A tributação é igual em todos os fundos de investimento independente do investimento e classe.

O que poucos investidores iniciantes sabem é que o Imposto de Renda incide apenas nos rendimentos. Alguns pensam que o mesmo é aplicado sobre o valor total investido.

A tabela de IR é a seguinte:

PRAZO

IR

0 – 180d

22,5%

180d – 360d

20%

360d – 720d

17,5%

720d – infinito

15%

 

O imposto de renda cobrado nos fundos de investimento é um pouco diferente. Existe uma cobrança que se chama Come-Cotas.

 

Come-Cotas

O sistema de come-cotas funciona da seguinte maneira: o IR não é retraído na fonte, ele é retraído anualmente em duas diferentes datas. O come-cotas é recolhido no ultimo dia útil de maio e novembro totalizando 15% anualmente sobre os rendimentos.

O come-cotas existe justamente para que o IR possa ser recolhido antecipadamente. Se fosse recolhido somente na retirada, ia ter investidores que iam pagar o imposto somente depois de 30 anos ou mais.

 

IOF

Se o investidor resgata seu dinheiro que está aplicado em menos de 1 mês, é cobrado o IOF (Imposto sobre Operações financeiras). Varia de 96% para 0% o IOF sobre os ganhos.

Dica: Sempre que for investir em fundos de investimentos, tente manter seu dinheiro no mínimo um mês para que o IOF não seja descontado da sua remuneração.

 

Vantagem e Desvantagens de fundo DI

Vantagens:

  • Fácil acessibilidade (Bancos, corretoras)

Hoje em dia é muito fácil abrir contas em bancos e corretoras de investimentos para investir.

  • Aplicação inicial bem acessível

Existem fundos que pode começar com uma aplicação mínima de R$ 500,00 (diferente de renda fixa onde o mínimo é R$ 5.000,00)

  • Liquidez diária.

Como explicado acima, a liquidez diária permite o investidor a ter uma ‘reserva’ de dinheiro de prontidão para ser resgatado.

  • Baixo risco

Fundos de renda fixa são seguros e apresentam um baixo risco.

  • Aportes

Fundos de investimento te permitem fazer aportes mensais ou esporádicos. Diferente de CDB e LCI/LCA onde o investidor teria que juntar R$ 5.000,00 para investir novamente.

 

Desvantagens:

  • Custo

Analisar uma boa quantidade de fundos para não entrar em uma fria é essencial, já que um fundo pode ter uma taxa de administração elevada e ter rendimento corroído pela mesma.

  • FGC

Infelizmente o FGC não garante fundos de investimento igual garante Renda fixa (CDB, LCI, LCA)

 

Conclusão:

Em conclusão, é importante ressaltar que todos investidores, independente do perfil, deveriam sempre ter uma parte do capital em fundos DI.

Como já foi mencionado, é uma forma segura do cliente ter um capital de prontidão.

Além de render mais do que a poupança, os fundos DI apresentam um baixo risco e uma competitividade e competência para acompanhar ou até superar a taxa de juros Selic e/ou CDI.