CRIs e CRAs: entenda sobre essa nova tendência de investimentos

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Escolher o investimento mais adequado e vantajoso para sua situação nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente se levarmos em conta a grande quantidade de opções disponíveis e suas variáveis. Porém, vez ou outra surgem algumas aplicações que ganham muito destaque e se tornam as preferidas das pessoas por diferentes motivos. E no momento, os investimentos no holofote são os CRIs e CRAs.

Essas letrinhas são investimentos muito parecidos com os famosos LCIs e LCAs. Assim como eles foram considerados os investimentos preferidos das pessoas em 2015, as CRIs e CRAs roubaram a cena em 2016 – chegando a um volume de emissões de R$4,8 bilhões e R$8,6 bilhões respectivamente.

Porém, apesar das semelhanças, ainda assim existem algumas diferenças cruciais entre os dois que precisam ser consideradas. Você quer entender direitinho o que são e como funcionam os CRIs e CRAs e ainda ter dicas sobre o melhor momento para investir neles? Então continue lendo que vou explicar.

O que são CRIs e CRAs?

Assim como os LCIs e LCAs, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são emitidos para captar recursos para o setor imobiliário e do agronegócio – respectivamente. Porém, enquanto as letras de crédito são emitidas por bancos ou instituições financeiras, as CRIs e CRAs são negociadas diretamente com as empresas desses setores.

Uma vantagem dos Certificados de Recebíveis é a sua alta rentabilidade. Outro ponto é que esses investimentos são isentos de Imposto de Renda, o que é extremamente relevante em alguns casos.

Apesar de ainda terem uma pequena emissão quando comparados com títulos públicos e CDBs, por exemplo, os CRIs e CRAs estão se popularizando, principalmente devido à queda nas emissões de LCIs e LCAs frente à crise econômica.

Mas ainda assim, eles têm sido preferidos na maior parte das vezes por quem pode investir de forma mais agressiva. Isso porque, apesar de serem mais rentáveis, eles não contam com proteção e deixam o investidor mais vulnerável a calotes e prejuízos financeiros pelo não pagamento.  

Risco x Retorno

Risco

Porém, diferente de outros investimentos que são protegidos contra fraudes, os CRIs e CRAs, por serem emitidos diretamente com empresas, não dão ao investidor nenhuma garantia de que ele terá realmente aquele dinheiro de volta. Aqui não há a proteção do Fundo Garantidor de Crédito e o investidor fica à mercê das empresas nas quais investiu.

Retorno

Uma das grandes vantagens dos Certificados de Recebíveis é a grande rentabilidade que esse tipo de investimento pode apresentar. Como destacamos, muitas vezes os CRIs e CRAs chegam a render mais de 100% do CDI e por isso são uma ótima opção para quem quer aumentar seus lucros.

Portanto, antes de sair investindo nos Certificados, é preciso ter em mente essa relação entre risco e rentabilidade e pensar se essa é realmente a melhor aplicação para sua situação.  

Vale a pena fazer esse investimento? Veja algumas dicas para começar.

Mesmo diante de todos esses fatores, não há como dizer que não vale a pena investir em CRIs e CRAs. Afinal, esses investimentos se popularizaram por um bom motivo e são aconselháveis se você realmente pode arriscar uma parte de seus investimentos para buscar por uma rentabilidade maior.

Para começar a investir, o primeiro passo é ter ciência dos valores mínimos para aplicação. Algumas vezes é possível investir a partir de mil reais nestes produtos.

Em segundo lugar, é importante conhecer bastante a empresa que irá emitir o Certificado de Recebíveis para você. Como nesse caso o investidor não tem a proteção do FGC, é preciso que ele confie na empresa com a qual negociou e que tenha certeza sobre sua boa reputação e responsabilidade financeira. Um bom exemplo de empresa que emite CRA é o Grupo Pão de Açúcar. Já um exemplo para CRI é a Direcional.

Ainda pensando nos riscos desse investimento

 É importante que você nunca aplique todo o seu dinheiro em Certificados de Recebíveis e que destine no máximo 10% de seu dinheiro à esses investimentos. Ter outras fontes de renda mais seguras é o que vai te ajudar em caso de imprevistos.

liquidez

Outro ponto a ser considerado é a liquidez dos CRIs e CRAs. A maioria dos investimentos desse tipo tem um vencimento médio de 04 anos, sem liquidez diária, e não são aconselháveis para quem precisa do dinheiro em curto prazo. Os juros nesse caso, normalmente são pagos semestral ou anualmente.

Se depois de todas essas informações você percebeu que em sua situação, faz sentido investir em CRIs e CRAs, ótimo! Mas se você viu que esse não é o investimento que te atende agora, não se preocupe. Existem uma série de outras aplicações que podem fazer mais sentido para sua realidade.

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