Caderneta de poupança: 4 fortes motivos para você não investir nela

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Muita gente, quando decide começar a poupar algum dinheiro, por desconhecimento de outras formas de investimento ou medo, acaba optando por utilizar a poupança.

Esse tipo de recurso é bastante conhecido pelos brasileiros por ser relativamente mais simples de investir, não oferecer tantos riscos ao dinheiro e ser uma forma segura de realmente poupar algum valor para o futuro ou possíveis emergências.

A cada ano, mais e mais pessoas passam a investir na poupança e isso surpreende os especialistas.

Isso, pois, a partir de um ponto de vista crítico e estratégico, a poupança pode não ser a melhor opção para quem quer investir pensando em um objetivo ou quer fazer seu dinheiro render. Na maioria das vezes, existem opções mais vantajosas e recomendáveis para quem quer guardar algum dinheiro, e se restringir a poupança não é muito adequado.

Neste artigo você vai entender de forma geral o que é e como funciona a poupança hoje no Brasil e entender porque ela pode não ser a opção mais indicada para quem quer investir de forma bem pensada e produtiva.

O que é e como funciona uma poupança?

A poupança é um dos tipos de investimento mais antigos do Brasil e foi criada na época do Império, por D. Pedro II. Já naquela época, foi estipulado que ela renderia aproximadamente 6% do valor investido por ano e, desde então, não houve muitas mudanças nesse critério. Talvez por toda a tradição e essa manutenção do sistema, a poupança é um dos investimentos mais populares do país e ganha milhares de novos adeptos a cada ano.

Em uma poupança, não existem limites mínimos para aplicação ou resgate, há isenção de taxas administrativas e também de impostos.

O grande problema desse tipo de investimento está em seu rendimento. Atualmente, a poupança rende 0,5% ao mês, mais TR (que corresponde a correção monetária). Isso é bem menos do que o oferecido por quase todos os outros tipos de investimento. E por incrível que pareça, alguns são quase tão simples e seguros quanto a famosa poupança.

A seguir, você vai conhecer detalhadamente mais 04 (fortes) motivos que te farão repensar suas aplicações, caso você já use ou esteja pensando em usar uma poupança.

04 fortes motivos para não investir na poupança

Poupança não serve para curto prazo

Você provavelmente já ouviu falar em “aniversário da poupança”, certo? Mas você sabe o que essa expressão realmente significa em termos de investimento?

Basicamente, ela determina que realmente sua conta de poupança precisa fazer aniversário para que você tenha algum ganho real no mês. Por exemplo, se você investe algum dinheiro no dia 04 de fevereiro, e tira no dia 03 de março, não vai receber nada, nem os 0,5% proporcionais, por todos os outros 29 dias em que seu dinheiro esteve aplicado.

O investimento precisa completar 30 dias para que você tenha algum lucro sobre ele e isso dificulta investimentos de curto prazo, assim como aqueles que não tem data certa para serem utilizados.   

Existem investimentos igualmente seguros e mais rentáveis

Outro fator que leva a maioria das pessoas a investir na poupança é que essa é uma aplicação segura, que quase não oferece riscos em termos de perda de dinheiro. O valor aplicado tem um rendimento mais ou menos fixo, independente de muitos fatores econômicos, e mesmo que a instituição bancária quebre, há uma garantia de que quem investiu não perderá o dinheiro. Isso acontece porque existe o Fundo Garantidor de Crédito, ou FGC, que devolve todo o dinheiro investido (até 250 mil) mais os rendimentos, em caso de falhas do banco.

Porém, existem uma série de outros investimentos que são igualmente seguros, contam com o FGC, e que são capazes de aumentar seus rendimentos. Exemplos disso são o LCI e o LCA. Com alguma pesquisa e um pouco de conhecimento de outras opções, você vai ver que existem investimentos mais relevantes e igualmente isentos de risco.

Os ganhos com a poupança mal cobrem a inflação

Em tempos de alta na inflação, mais de 5%, os ganhos mal cobrem esse valor e só fazem a pessoa “perder menos dinheiro”, em vez de ganhar.

Entenda: vamos supor que você decidiu investir na poupança e aplicou 5000 reais em uma conta. Em um ano, como citamos, seu dinheiro vai render mais ou menos 6%. Porém, se a inflação chegar a um valor próximo ou superior a esses 6% – como no ano passado, que fechou em 6,29% – em vez de ganhar dinheiro, você de certa forma, estará perdendo o investimento. Isso, porque, como seus rendimentos acompanharam a inflação, ou nesse caso foram menores que ela, apesar do aumento numérico em sua conta, você conseguirá comprar muito menos coisas do que conseguiria há um ano. Seus ganhos não foram suficientes para compensar a inflação e o dinheiro “desvalorizou”, apesar de ter aumentado.

É difícil ter disciplina para manter uma poupança

Por fim, um outro ponto importante é que toda a simplicidade, liberdade e independência que a poupança oferece, nem sempre são boas. Com o número ilimitado de movimentações e a facilidade de acesso à essa conta, especialistas já mostraram que a maioria das pessoas mais tira do que aplica dinheiro na sua poupança e isso afeta muito os investimentos de uma pessoa e seus rendimentos.

Na maioria das vezes, vale mais a pena pensar em investir em outras aplicações que realmente funcionem! Contar com a ajuda e orientação de profissionais também pode ser essencial.

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E então? Conseguiu entender melhor como funciona a caderneta de poupança e porque, na maioria dos casos, ela não é a melhor opção?

Conhecendo um pouco sobre investimentos, economia e suas particularidades, é simples ver que existem aplicações tão seguras quanto a poupança e que são muito mais rentáveis.

Fique atento ao nosso blog, pois sempre traremos dicas para que você realmente invista seu dinheiro de forma adequada às suas necessidades e à sua realidade.

E se quiser conversar sobre o assunto ou tirar alguma dúvida, fique a vontade para deixar seu comentário ou entrar em contato com a gente. Vamos adorar conversar com você!