Você sabe o que é um COE? Descubra sobre este produto

Para começo de conversa, o que é um COE e por quê esse produto começou a aparecer no Brasil só agora? COE é a abreviação de Certificado de Operação Estruturada, nos Estados Unidos e Europa são conhecidas como Notas Estruturadas. Se trata de um produto que combina características de renda fixa e renda variável. Normalmente oferece a possibilidade de retorno vinculada à performance, um índice ou a uma cesta de ativos pré definida. Se trata então de uma emissão feita por bancos.

Um ponto muito importante nos COEs é que eles não contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), portanto não há garantia em caso de insolvência da instituição que emitiu a estrutura. Por isso é importante buscar COEs de bancos com boas notas de crédito para mitigar este risco.

Tipos de COE

Existem dois tipos de COE:

1- com valor nominal protegido

Neste tipo o investidor recebe o capital investido de volta caso a estratégia contratada não dê certo.

2- com valor nominal em risco

Nesse caso o limite de perda é inclusive o capital investido, dependendo do COE pode existir uma barreira de perda ou não.

COE X Juros

Esse produto começou a ganhar mercado no Brasil somente após o final de 2016/ início de 2017 por uma razão bem simples: Juros. Com a taxa de juros básica, da época, em 14,25% ao ano os retornos nos produtos convencionais de renda fixa eram muito satisfatórios.

Agora com os juros em queda e o mercado de investimentos mais aquecido os COEs despontaram como uma oportunidade de retornos mais altos com risco baixo, principalmente no caso das estruturas com capital protegido. Para os ‘iniciantes’ no mercado de risco moderado ele é uma ótima porta de entrada.

Qual o risco de um COE com o capital protegido?

Pode-se dizer que no caso de um COE com valor nominal protegido  existe o risco de perda do custo de oportunidade. Essa expressão em “economês” exprime ao retorno que se poderia ter em um investimento de risco nulo ou muito baixo frente a outro de maior risco que não rendeu ou gerou pouco ganho. Para quem observa os investimentos por esse prisma, a queda de juros na economia justifica mais uma vez o ganho de mercado dos COEs, visto que a taxa SELIC, que o Banco Central vem cortando é chamada de ‘taxa livre de risco’.

DIE

Antes de escolher um COE para investir é imprescindível fazer uma leitura atenta no DIE (Documento de Informações Essenciais) do produto. Nele irão constar todas as informações importantes sobre o COE em questão.

• Quais são os ativos dos quais o retorno do COE deriva
• Quem é o emissor da estrutura
• Quais os riscos envolvidos
• Cronograma dos retornos
• Existência ou não de capital protegido
• Prazo para vencimento
• Possibilidade de vencimento antecipado ou não.

Conte também sempre com a ajuda do seu assessor de investimentos para tirar as dúvidas que podem aparecer.

Estrutura e Ativos

Sobre as estruturas e os ativos que compõem cada COE, é preciso analisar caso a caso, sempre levando em conta o cenário econômico em vigência. Um COE com capital protegido que aposta na queda do dólar pode ser uma ótima oportunidade em determinado momento, em outro a estrutura interessante talvez possa ser o exato oposto, com o retorno vinculado à sua alta. Uma conversa com seu assessor de investimentos pode auxiliá-lo a escolher o COE que mais se encaixa no seu perfil.

Espero que tenha gostado! Qualquer dúvida, pode nos perguntar.