Descubra os títulos do governo e como investir!

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Os títulos públicos são investimentos bastante atraentes para aqueles que buscam uma aplicação em renda fixa, com segurança e taxas superiores a poupança.

Em momentos de crise, como o vivido em nosso país recentemente, os títulos do governo apresentaram taxas muito boas, atraindo até mesmo aqueles que, na maioria das vezes, optam por renda variável afim de uma remuneração superior.

O intuito deste post é apresentar para vocês os tipos de títulos públicos disponíveis no mercado, e como fazer a aplicação.

Contamos com 5 investimentos básicos do governo, são eles:

  • Tesouro pré-fixado,
  • Tesouro pré-fixado com juros semestrais,
  • Tesouro IPCA+,
  • Tesouro IPCA+ Juros semestrais,
  • Tesouro Selic.

Independente do título que você optar por investir, ambos possuem a mesma procedência: são as dívidas do governo negociados no mercado financeiro. O governo, em contrapartida, negocia uma taxa de juros afim do investimento ser atraente para o investidor.

Esse investimento tem como garantia o tesouro direto, considerado por muitos o investimento mais seguro do mercado. O governo só irá deixar de pagar seus investidores se o país estiver completamente quebrado.

Muitos se questionam se os títulos emitidos por empresas privadas possuem a mesma segurança, e a resposta é não. LCI, LCA, CDB e a poupança possuem a segurança do fundo garantidor de crédito (FGC).

O FGC é uma instituição privada sem fins lucrativos, que tem como função a garantia de crédito de empresas filiadas. A maioria dos bancos que emitem papéis são filiadas no FGC, porém não tem nenhuma lei que obriga os mesmos a fazer parte da instituição.

Quanto a comparação entre a rentabilidade, temos que a taxa de juros paga pelo governo pode alterar muito, assim como os papéis emitidos por instituições privadas. Quanto maior o risco apresentado pelo cenário econômico, maior serão essas taxas. Isso ocorre afim de atrair os investidores.

Devido ao fato de estarmos em um cenário político e econômico extremamente delicado, os investidores tendem a querer investir em aplicações seguras, muitas vezes fora do país. Para que isso não ocorra e para que a população continue financiando o governo, as taxas de juros dos títulos públicos sobem, se tornando novamente atraente para o investidor.

Existem alguns tipos de títulos públicos, e veremos eles a seguir. Você pode investir através de plataformas de corretoras ou diretamente no site do tesouro direto. Porém quando você efetua a compra por uma corretora ou um banco você conta com um auxílio profissional na hora de comprar, diferentemente se você optar por investir sozinho no site do tesouro.

Títulos pré-fixados

LTN:

Antigamente nomeado como LTN, esses investimentos apresentam a taxa de juros que será paga ao investidor logo no momento da compra. O seu prazo também é apresentado.

A LTN tem como característica o valor inferior a 1.000,00.

Vamos pegar como exemplo uma LTN disponível no dia 10/10/2016, no site do tesouro direto. O valor é de 789,13, o vencimento é dia 01/01/2019 a uma taxa de 11,35% ao ano. Se a pessoa esperar até o termino dessa LTN, ela terá R$ 1 mil reais.

Como, geralmente, os prazos contratos por essas dívidas são longos, existe o mercado secundário onde é possível negociar esse papel a preço de mercado. Se você possui um papel que paga mais do que os emitidos no momento que você deseja vende-lo, você obterá um lucro superior ao que teria se esperasse até término do investimento.

 

Tesouro pré-fixado com juros semestral (NTN-F):

Assim como na LTN, as aplicações são inferiores a R$ 1 mil reais e tanto o prazo quanto a taxa de juros que o investidor irá receber são determinadas no momento da compra.

Independente da oscilação das taxas no Brasil, como a Selic e a inflação, o governo se compromete a fazer o pagamento da taxa de juros determinada no momento da compra.

Em meio a tantas semelhanças com a LTN, há uma diferença crucial: o tesouro pré-fixado com juros semestrais, como o próprio nome já diz, faz pagamentos semestrais ao investidor.

O pagamento do juros semestral funciona da seguinte forma:

Independente da taxa de juros do seu papel, o valor do pagamento do juros semestral será de 10% ao ano, aproximadamente 5% ao semestre. Se o seu título apresentar rentabilidade superior a 10% ao ano, você obterá essa diferença no final do seu investimento.

Vamos pegar uma NTN-F que irá vencer em 2027, com a taxa paga para os investidores de 11,40 ao ano, e o preço é de 949,51. Durante todo o período o cliente irá receber juros semestrais de 10% ao ano (esse valor é fixo para qualquer NTN-F), e no término do investimento ele irá receber o capital investido + os 10% dos juros semestrais + a correção do investimento; ou seja: era para ele receber 11,40% ao ano, porém ele recebeu 10%; logo essa diferença é repassada para o investimento quando a NTN-F chegar ao fim.

O imposto de renda é cobrado a cada pagamento dos juros semestrais, e esse IR segue a tabela regressiva abaixo:

Tabela regressiva de Imposto de Renda

Títulos pós-fixados:

Tesouro IPCA+ (NTN-B principal)

Esse tipo de investimento garante um aumento do poder de compra do investidor, ou seja, ele paga a taxa da inflação (IPCA) acrescido de uma taxa fixa complementar.

Vamos pegar como exemplo uma NTN-B principal com o vencimento em 2024, IPCA + 5,75% a.a., no valor de 1898,92. Independente da oscilação da inflação durante esse período, o investidor receberá um aumento real de 5,75% em suas aplicações.

Esse investimento é ideal para quem quer assegurar que seus investimentos não serão corroídos pela inflação. Infelizmente, em 2015, a taxa de inflação do país foi tão alta que, as pessoas que mantiveram seu dinheiro em investimentos como a poupança, perderam poder de compra; ou seja, a inflação foi superior ao rendimento da aplicação.

Tesouro com IPCA + juros semestrais (NTN-B)

 O NTN-B funciona da mesma maneira que o NTN-B principal.

A diferença é o pagamento semestral de juros.

Nesse caso o pagamento de juros é fixado em 6% ao ano. Ou seja, independentemente do valor anual do seu título, você receberá 6% ao ano e, no final do investimento, você terá o acerto dessa diferença.

A inflação do período também é paga no final do investimento.

Suponha que o investidor adquira uma NTN-B com o vencimento em 2026, com uma taxa de 5,77 ao ano. O investidor irá receber 6% ao ano até o termino do investimento, e então irá receber o reajuste necessário e a inflação.

Como ele recebeu durante todo os anos taxas semestrais superiores as contratadas, esse valor corroerá a inflação que o investidor iria receber, fazendo com que no final das contas o investidor receba o combinado.

Como no NTN-F, o imposto de renda é pago junto com os juros semestrais e obedece a tabela regressiva do IR.

Tesouro Selic (LFT)

Considerado o investimento mais conservador entre os tipos de títulos do governo, essa aplicação está atrelada a taxa básica da economia, a taxa Selic; consequentemente os seus resultados tendem a ser menores se comparado com a rentabilidade dos demais.

A taxa Selic é revisada de 45 em 45 dias pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) e a mesma reflete o risco do governo.

Diferentemente das aplicações atreladas a inflação (NTN-B ou NTN-B principal), esse investimento apenas paga o valor as Selic, não acrescida de nenhuma taxa adicional.

Se o investidor desejar vender o papel antes do seu término, o tesouro irá pagar o valor vigente no mercado, podendo pagar mais ou menos pelo papel. O imposto de renda segue a tabela regressiva do Imposto de renda e é pago no momento do resgate.

Conclusão

Para aqueles que desejam sair da poupança, uma boa alternativa são os título do governo. Além de serem considerados os investimentos mais seguros do mercado, eles apresentam remunerações superiores a da poupança.

Em alguns momentos, geralmente quando o risco do governo aumenta, a remuneração dos títulos públicos se tornam extremamente atrativas, sendo as preferidas por vários investidores.