Fundo fechado: Quando vale a pena?

Os fundos de investimentos, como já falamos aqui no blog, possuem vários responsáveis pela sua funcionalidade, como o gestor, administrador, custodiaste e auditor. Independente do tipo do fundo, esses responsáveis são imprescindíveis.

No mercado financeiro temos os fundos abertos e fechados. Os fundos abertos estão disponíveis para qualquer investidor que deseja investir o seu dinheiro. Os fundos fechados podem ser fundos exclusivos (onde uma pessoa ou uma instituição deseja criar o fundo exclusivamente para ela) ou fundo restrito (fundo criado para pessoas que tem algum vinculo, seja familiar ou empregatício).

Quando você possui um grande capital, algo em torno de 10 milhões de reais, administrá-los começa a se tornar uma tarefa muito complicada. Acompanhar os investimentos também fica mais difícil.

A partir dessa demanda, surgem os fundos fechados exclusivos.

Todos os investimentos da pessoa ou da instituição são agrupados em um fundo, que será gerido por uma pessoa extremamente capacitada. O gestor, assim como nos demais fundos, é responsável por alocar o patrimônio liquido do fundo em ativos do mercado financeiro afim de cumprir o objetivo. Os objetivos variam e podem ser “ter uma rentabilidade superior ao CDI” ou “tem um ganho superior ao iBovespa.”, determinado a partir da demanda do investir que deseja abrir o fundo.

Diferente dos demais fundos, o fundo fechado exclusivo só pode haver aportes. Os resgates são chamados de amortizações e podem ocorrer apenas de 180 em 180 dias.

Custos

A pessoa que resolver ter um fundo exclusivo terá que arcar, sozinho, com a taxa de administração do fundo, custos relativos ao registro na CVM e ANBIMA, com o custodiaste e administrador do fundo.

Esses custos irão valer a pena se você tiver um capital superiora 10 milhões. Os rendimentos de valores inferiores não irão pagar os custos de manter um fundo exclusivo.

Vantagens:

Os fundos exclusivos apresentam benefícios no que diz respeito a tributação, sucessão e planejamento patrimonial.

O cotista do fundo exclusivo pode doar cotas do fundo para seus herdeiros, facilitando e reduzindo os custos da passagem de herança para os respectivos.

O fundo exclusivo, se nunca for aberto, não paga o come-cotas (antecipação do imposto de renda cobrado aos cotistas de fundos aberto para o governo. Ocorre de 6 em 6 meses e é feito através da redução do número de cotas que o investidor de fundos abertos possuir).

Logo, o imposto de renda só é pago quando o cotista do fundo exclusivo resgatar o capital do mesmo.

Desvantagens:

Infelizmente, os produtos do fundo exclusivo não possuem segurança do FGC e não possuem a isenção do imposto de renda em alguns produtos, como a LCI e LCA.

Quando ter um fundo exclusivo é uma boa ideia:

Se você possui uma alta quantia de dinheiro aplicada no mercado financeiro, vale a pena ter um gestor para administrar sua carteira no  fundo exclusivo.

Se você tem menos de 10 milhões de reais no mercado financeiro, abrir um fundo exclusivo e mante-lo pode gerar mais gastos e custos que rentabilidade.

Coloque na ponta do lápis todos os gastos que você terá em abrir um fundo exclusivo. Não se esqueça de procurar um bom gestor para administrar seus recursos, essa será a chave para um investimento bem aplicado.

Caso você tenha um grande patrimônio e se preocupa com a herança de sua família, um dos modos mais baratos e fáceis para a passagem de herança é ter um fundo exclusivo e colocar seus dependentes como cotistas.

Caso tenha alguma dúvida sobre os fundos exclusivos, entre em contato!