Derivativos: o que são e qual a importância para os seus investimentos?

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Não é incomum encontrarmos em cadernos de economia de jornais ou em outros veículos de comunicação notícias sobre a cotação de contratos de diversos ativos, incluindo moedas como o dólar e commodities como o petróleo.  Mas você sabe o que isso significa no mundo dos investimentos? As aplicações que abordamos são chamadas de derivativos.

No mercado brasileiro, esse tipo de operação está cada vez mais em pauta, e é relacionada a diferentes tipos de investimento. No início pode parecer difícil, mas quanto mais você compreender os conceitos relacionados a esse mercado, melhor entenderá o seu funcionamento.

Quem investe seu dinheiro deve ficar atento a cada nova expressão e sigla que encontrar, pois assim será muito mais fácil saber por onde começar.

Ainda parece complicado? Confira o guia básico sobre derivativos que preparamos neste post e entenda a importância desse instrumento.

 

 O que são derivativos?

Derivativos são aplicações financeiras cujo preço de compra e venda  de um ativo “deriva” do comportamento de outro ativo. Na prática, é uma operação em que o valor de um ativo depende do valor do ativo de referência negociado no mercado à vista. São negociados na BM&F Bovespa.

É um tipo de operação relacionada a vários tipos de investimento e consiste em contratos que definem pagamentos a serem realizados em uma data futura. O ativo subjacente ou ativo-objeto é a variável que determina o valor a ser pago. O ativo pode ser físico (como café, ouro e milho), pode ser o preço do ativo, incluindo ações e commodities, a inflação acumulada em um período, ou qualquer outra variável de cunho econômico.

No mercado de câmbio, por exemplo, os derivativos são aplicações que derivam do valor do dólar. O mercado futuro de petróleo também é uma modalidade de derivativo, em que o instrumento de referência é o preço do petróleo, que provêm das negociações do mercado à vista.

 

Quais as principais vantagens para os investidores?

 

  • Proteção

Um dos principais pontos a serem considerados para utilizar esse tipo de operação é a proteção oferecida ao investidor contra possíveis oscilações de preços (de produtos agrícolas como café), taxas de juros (em contratos futuros DIs) e moedas (como o dólar). Na prática, ao operar com derivativos, você evita prejuízos como perdas decorrentes das flutuações de preços e desvalorizações cambiais, ficando mais protegido e até mesmo ser compensado com ganhos.

  • Especulação

Além de proteger o investidor contra as variações, os derivativos são negociados para também gerar lucros. Nesse caso, uma posição é tomada no mercado futuro ou há um investimento em opções, sem uma posição correspondente no mercado à vista. O objetivo é “apostar” em uma tendência de preços de mercado, com a preocupação de alavancar o capital, mesmo sem possuir todos os recursos envolvidos na operação. Dessa forma, o investidor assume riscos elevados, mesmo com a expectativa de elevar seus ganhos.

Um exemplo disso é quando o investidor acredita que o dólar vai custar R$3,10 daqui a seis meses e compra um contrato que lhe garante a venda de dólares a R$3,20, mesmo não tendo a moeda. Se a previsão se realizasse, ele compraria o dólar no valor de R$3,10 e venderia pelo preço estimado no contrato.

 

E quais as classificações do mercado de derivativos?

 

  1. Mercado a termo

Entre os derivativos negociados na bolsa, o mercado a termo é o mais simples de entender. É quando duas partes assumem o compromisso de venda e compra de um determinado bem, como dólar, em uma determinada data futura, a um preço fixo preestabelecido na data de negociação. O compromisso é liquidado apenas na data de vencimento.

Um exemplo é quando um investidor compra uma ação na Vale no período de um mês, com preço determinado, assumindo o compromisso de comprar o papel, enquanto a outra parte tem a obrigação de vender a ação nesse prazo.

 

  1. Mercado Futuro

Esse segundo tipo de derivativo funciona de maneira semelhante ao mercado a termo: duas partes também assumem o compromisso de comprar e vender uma certa quantidade de um ativo em uma data futura, a um determinado preço fixado para a liquidação nessa data. A diferença é que, nesse caso, um investidor pode vender a outro investidor antes do prazo estabelecido, aumentando o número de negócios, e consequentemente, a liquidez desse mercado.

Além disso, os compromissos são ajustados diariamente de acordo com a expectativa de mercado, de acordo com a expectativa do preço futuro do bem, para avaliar perdas e ganhos.

  1. Opções

Por meio do contrato de opções, o investidor compra o direito de comprar ou vender um ativo por um determinado preço, em uma determinada data também já estabelecida no contrato. Nesse caso, não há obrigação de exercer esse direito, ou seja, ele apenas paga uma quantia para usá-lo se quiser. Em contrapartida, quem vendeu a opção é obrigado a cumprir o acordo, se o comprador decidir executar a operação.

 

  1. Swaps

No mercado de swaps, é determinado um fluxo de pagamentos entre as partes do contrato, em diversas datas futuras. O que se negocia é a troca de rentabilidade entre dois bens, sejam mercadorias ou ativos. Assim como ocorre nas operações a termo, a liquidação ocorre integralmente no vencimento.

Um exemplo que ilustra essa situação é um contrato entre um swap de ouro e uma taxa prefixada. Se a valorização do ouro for menor que da taxa na data de vencimento, quem comprou a taxa e vendeu o outro, receberá a diferença. Caso contrário, se o ouro tiver maior rentabilidade, a parte que comprou o ouro e vendeu a taxa, ficará com a diferença.

 

Conclusão

É sempre interessante conhecer o mercado onde se está investindo, para saber a melhor maneira de aplicar seu dinheiro e ter uma maior rentabilidade. Assim como no caso das ações, os derivativos são instrumentos que podem elevar o retorno sobre os investimentos, porém as operações representam maior risco. Tenha consciência ao assumir os riscos e entenda profundamente os conceitos para tomar decisões conscientes!

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