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27 de março de 2017Entrar em um consórcio é uma opção bastante popular quando uma pessoa toma a decisão de adquirir um bem mais custoso, como um carro ou um imóvel, por exemplo.
Com esse tipo de aplicação, há uma expectativa de investimento fácil e retorno rápido, mas vale ficar atento, pois, na maioria das vezes, não funciona bem assim.
Consórcios ainda são bastante nebulosos para muitas pessoas e, perante sua popularidade – que nos últimos anos criou consórcios até de cirurgias plásticas – torna-se necessário compreender melhor como esse esquema funciona e quais os motivos para entrar ou não em um deles.
Por isso, para te ajudar a tomar a melhor decisão para suas finanças, desenvolvemos esse artigo. Continue lendo:
O que é um consórcio?
Antes de qualquer coisa, é preciso compreender efetivamente o que é um consórcio para não cair em sensos comuns e ser iludido por falsas promessas.
Consórcios, basicamente são grupos formados por diversas pessoas com um desejo de investimento em comum. Pode ser um imóvel, um carro ou, como citamos, até uma cirurgia plástica. Nesses consórcios, os integrantes do grupo fazem depósitos mensais em uma conta e, depois, com o dinheiro acumulado, periodicamente alguém recebe uma carta de crédito. Essa carta dá a pessoa o direito de adquirir o bem pelo qual ela estava pagando.
Em um consórcio, existem basicamente duas maneiras de uma pessoa ter acesso à carta de crédito: por sorteio ou por lance. Na primeira, basta que sua cota seja a premiada em um sorteio que normalmente usa como base os números da loteria federal. Quando isso acontece, a pessoa tem acesso à carta de crédito e pode adquirir o bem, não precisando pagar nenhum valor além das parcelas por isso. A outra forma de ser contemplado com a carta é por meio de um lance em uma espécie de leilão que ocorre periodicamente. É simples: quem der mais, leva o benefício.
Se uma pessoa não conseguir a carta nem pelo sorteio e nem pelo lance, ao final do período de investimento, ela a recebe sem outros custos.
Consórcios, apesar de bastante populares, precisam ser avaliados com cuidado e, por isso, a seguir separamos os prós e contras de investir nesse tipo de negócio.
Os prós de entrar em um consórcio
Te ajuda a poupar e ter disciplina
Muitas pessoas querem adquirir um bem de forma segura e sem se envolver com financiamentos, porém, não tem dinheiro suficiente para pagar à vista. Ao mesmo tempo, elas têm dificuldade de poupar espontaneamente e, assim não conseguem juntar dinheiro sozinhas.
Nesses casos, o consórcio é uma ótima opção na medida em que “obriga” o cotista a poupar – com o pagamento da mensalidade – e lhe permite ter disciplina para, mais à frente, adquirir o bem sem necessitar de financiamentos.
É um negócio seguro, garantido e que pode ser mais efetivo do que simplesmente abrir uma poupança, por exemplo.
Normalmente tem taxas menores que um financiamento
Outro ponto positivo do consórcio é em relação às taxas. Enquanto em um financiamento a pessoa tem que pagar juros altíssimos a cada parcela (que no caso de automóveis podem somar mais de 25% ao ano), com o consórcio, os custos são muito menores e mais vantajosos.
Ao entrar em um consórcio, a única taxa que o contribuinte precisa pagar é a taxa de administração, contada por uma instituição financeira para manutenção de caixa. Essa taxa costuma somar algo próximo de 15% a cada 5 anos, que é a duração média de um consórcio.
Portanto, o custo com esse tipo de negócio é quase 10 vezes menor do que o com financiamento – o que é ótimo.
Os contras de entrar em um consórcio
Você pode demorar a ser sorteado ou não conseguir um lance
Como citamos, a duração média de um consórcio é de 5 anos. Então, caso o cotista não seja sorteado ou não consiga dar um lance vencedor nos leilões, ele terá que esperar até o final desse período para resgatar sua carta de crédito e conseguir ter acesso ao bem desejado.
Portanto, se seu objetivo é conseguir ter acesso ao bem rapidamente, a dica é que você pesquise outros tipos de investimento, que sejam mais rentáveis e de maior liquidez, ou que opte realmente pelo financiamento.
Muita gente acha que é simples e rápido conseguir um bem pelo consórcio, mas na maioria das vezes isso não corresponde à verdade. Normalmente o cotista só tem acesso ao bem no final de seu período de investimento.
É pior do que pagar a vista e pior do que outros investimentos
Outro ponto que pode te fazer desistir do consórcio é comparar os benefícios deste com o pagamento à vista ou outros investimentos.
Se você consegue poupar para comprar algo à vista, não precisa se preocupar em pagar a taxa de manutenção e ainda pode conseguir condições especiais. Então, não compensa pagar o consórcio.
Além do mais, segundo especialistas, normalmente o dinheiro de consórcios é mal aplicado pelos administradores e rende abaixo da taxa básica da economia. Portanto, os cotistas fariam um negócio melhor se investissem em outros pontos, como títulos públicos.
Conclusão: pesquise muito antes de optar por um consórcio
Antes de decidir entrar em um consórcio, pense em seus objetivos e expectativas com esse investimento e veja se ele é realmente o mais adequado para você.
Se você quer um incentivo para poupar e não quer fazer financiamentos, ótimo! Procure uma Instituição confiável para fazer a administração do seu dinheiro e jamais entre em um consórcio de olhos fechados. Fique atento às taxas, prazos, termos de contrato e todos os outros pontos. Afinal, é o seu dinheiro que você está colocando em jogo.
Mas se você quer adquirir um bem em curto prazo e garantir mais rentabilidade para seu dinheiro, deve repensar essa opção. Existem investimentos que podem ser bem mais rentáveis em curto prazo e podem ser mais adequados para suas necessidades e expectativas.
Caso ache necessário, consulte especialistas em investimento e tire todas as suas dúvidas. Deixe também seus comentários aqui nesse texto. Vamos conversar sobre o assunto!
